No dia 12 de outrubro desse ano, recebi um convite de Néclea Dantas, uma pessoa mais que especial, para participar de uma imersão com mandalas. Como estava dopado de sono com medicamentos analgésicos, só vi o convite depois da imersão iniciada. Mesmo assim, corri para cumpri as etapas, ainda me mantendo atrasado.
Foram sete dias adentrando pelos conceitos dos arquétipos do Caminho Quádruplo de Angeles Arrien. Era para ser 7 mandalas, mas o juízo do titio aqui acabou por fazer 10. A cada etapa, um entendimento, um aprendizado.
14 de outubro
EUDALA
Primeira Mandala
Nome: Acolhimento
Ao iniciar a pintura estava com o inconsciente martelando minha vida profissional... daí os verdes e marrons do meu inativado atelier de Artesanado Curupira Ecodesign já começaram a surgir... na sequência, os tons quentes do Escritório de Design Gráfico "Mururu"se fizeram presentes, e por último, os tons azulados como referência ao "Tio" que já fui, atuando em salas de aula...
A escolha do nome "acolhimento", seu deu ao observar a mandala colorida (finalizada), quando pensei: eu preciso me acolher.
Segunda Mandala
Nome: Anulação
Com o juízo atinando a necessidade de autoacolhimento, iniciei a segunda mandala "pegando fogo", um breve momento de euforia que me fez selecionar somente cores quantes. Meu pensamento era que após o acolhimentom eu precisava me sacudir, me energizar para impulssionar o Lely profissional. Muito legal... mas, continuei a pintura, relaxei, e quando me dei conta estava colorindo de fora para dentro com cores frias...
Fazer mandala é um negócio muito forte, principalmente quando na composição, buscamos significados e interpretações nossas...
14 de outubro - O Curador
NODALA
Após os sentimentos paradoxais de acolhimento e anulação na etapa anterior, no caminho do Visionário, do vir a ser, senti a necessidade de pensar organizadamente. Iniciei selecionando as mandalas a serem coloridas e na sequências as cores. deixei fluir a pintura, obedecendo somente o fractal de cores (coisa de mente de designer, srsrs)...
A primeira mandala, nomeada de Expansão, eu estava mais eufórico, pintando com mais agilidade. Já a segunda, nomeada de Planejamento, levei mais tempo apreciando e laborando até chegar num resultado satisfatório.
Em ambas, usei hidrocor e lápis de cor, passeando por pontilhismos, esfumados e cores mais chapadas. Pois, acredito que é diante das possibilidades que encontramos os melhores caminhos.
15 de outubro - O Visionário
ENDALA:
As mandalas dessa etapa foram nomeadas de presença e confinça.
Em meu juízo, na mandala Presença, o sol com nuvens simboliza autonomia e liberdade. Os triangulos representam meus caminhos. e a estrutura cinza, a príncipio eu queria representar uma fortaleza, mas, com a evolução da pintura me veio a figura de um satélite, o que fica mais coerente com o arquétipo dessa etapa, por ter relação com a comunicação.
Na segunda mandala, Confiança, eu queria representar um ser confiante apartir da representação dos 4 elementos da natureza, mas a mandala tem 6 fatias. Daé me veio à mente o personagem de conto infanto-juvenil "Bianco". A pintura foi fluindo mais livremente que a primeira, foi um processo mais prazeroso, que rompou o limite do desenho e tomou conta da página inteira... Essa mandala tb poderia se chamar reencontro.
16 de outubro - O Mestre
TRANSDALA
A proposta da imersão era apreciar/contemplar as mandalas anteriores e deixar fluir a mandala pessoal. Mas o indivíduo aqui, que estava na linha do atraso, resolveu se adiantar e compôs a pintura de uma mandala antes de ter acesso às orientações. Parti da seleção de cores aleatórias, me desapegando do controle da composição, deixando apenas fluir. Assim surgiu a sétima mandala Desapego.
A oitava mandala, nomeada de Aprendizado, foi composta duaranta a aula on-line "Construção da Mandala: como avalaiar e intervir", com ela, Néclea Dantas.
A nona mandala, nomeada de Ciranda Solar, surgiu enquanto eu tentava entender como seria minha mandala pessoal. Daí peguei o último gabarito impresso e vi que ali eu poderia colorir o girassol da conversa das participantes do grupo da imersão e que também apareceu na cantiga entoada por Néclea durante a aula online. Uma dessas coincidências também chamadas de recados do universo.
E por último "Apreciação", a décima mandala (que deveria ser a sétima). Fluida, contemplando os elementos que mais gostei de explorar nas mandalas anteriores. tais como:
• O sol com nuvens no centro;
• A cor amarelo
• A formação estrelar/floral
Foram momentos de reencontro comigo mesmo onde pude me acolher, me ver com olhos de compaixão e me entender (ao menos tentar). Foi a primeira vez que usei materiais artístico com um propósito, depois que perdi meu atelier e consequentemente todo o meu material. Tive que comprar tudo e isso foi bom demais.
À Néclea Dantas, idealizadora da imersão, sou só gratidão, por não soltar minha mão desde a infância até os dias atuais.